18.11.02

Dia de Gibi Novo: Blood Mary

Desenterrei Bloody Mary (de Garth Ennis, com arte de Carlos Ezquerra) na casa de um amigo. Depois de ter lido - e lembrado de Gemini Blood e Cyberella - entendo perfeitamente porque a DC desistiu do seu selo de ficção científica (o Helix). O negócio é muito, muito ruim.

Bloody Mary conta a história de uma mercenária que fez parte de umas forças especiais aí e - sei lá por que - se veste de freira. Ela opera num cenário distópico clichê (guerra entre Europa e Inglaterra) e - como é típico de Ennis em seus piores momentos - enfrenta inimigos engraçadinhos, mas sem graça.

Apesar de todos esses defeitos, acho que o mais grave é justamente a falta de elementos de ficção científica na série. Apesar do futuro distópico (que não refletia nenhuma tendência da época que a série foi escrita), não há nenhuma reflexão sobre nada. Apesar de parecer fugir disso, Blood Mary é só uma história de super-heróis, com uniformes, super-poderes e todo o resto.